Sessão Solene – Título de Cidadania Campinense ao professor Josemir Camilo 27/11/2025
Fotos: Josenildo Costa/CMCG
Fotos: Josenildo Costa/CMCG
A Câmara Municipal de Campina Grande realizou, nesta quinta-feira, a 110ª Sessão Ordinária, presidida pelo vereador Dinho Papa-Léguas e secretariada pelo vereador Saulo Noronha. A sessão foi marcada por debates sobre a fiscalização de serviços públicos, especialmente após a tentativa de inspeção no reservatório R9 da CAGEPA. Os parlamentares também apresentaram relatos e cobranças, solicitando posicionamentos da gestão municipal sobre questões envolvendo infraestrutura e saúde pública.
No pequeno expediente, o vereador Balduino relatou a tentativa de visitar o reservatório R9 da CAGEPA, no bairro Santa Rosa, cuja entrada não foi autorizada. Disse que, mesmo sem acesso, drones identificaram rupturas, aberturas no telhado e presença de aves dentro da estrutura. Segundo o vereador, moradores temem o risco de ruptura e alguns já buscam outras casas para morar. Além disso, defendeu que a Câmara realize uma visita formal e cobre respostas da companhia.
A vereadora Waléria Assunção defendeu o direito institucional dos vereadores de fiscalizar, mas destacou que o R9 é uma área técnica e que visitas precisam ser acompanhadas de ofício e de especialistas. Waléria colocou-se à disposição para participar de uma visita técnica. Em seguida, a vereadora também denunciou problemas no município, como falta de medicamentos, insumos nas unidades de saúde e redução de merendas em algumas escolas, que estariam economizando para cumprir calendário, mas sem seguir o preconizado pelo MEC.
Pimentel Filho informou que o diretor da CAGEPA, Dr. Lucílio, já entrou em contato com a Presidência da Casa para marcar oficialmente a visita ao reservatório. O vereador também cobrou esclarecimentos da gestão sobre pagamentos dos servidores, abastecimento de insumos nos hospitais e a entrega dos fardamentos escolares.
Jô Oliveira, reforçou que a fiscalização é prerrogativa dos vereadores, mas deve seguir protocolos, com ofícios e respeito às normas técnicas de cada espaço. Além disso, a vereadora pediu coerência e o mesmo rigor fiscalizatório em casos anteriores, como o óbito de mãe e bebê na maternidade ISEA.
O vereador Olimpio Oliveira relembrou que, em visita conjunta ao ISEA, também houve áreas com acesso restrito, como salas de parto, e que a oposição respeitou os protocolos. Disse que entende a necessidade de autorização para algumas dependências e reforçou que a Câmara deve priorizar votações de projetos e requerimentos importantes para a população.
Anderson Pila destacou a importância social da CAGEPA para Campina Grande e região, e criticou tentativas de usar o tema para desviar o foco de problemas da gestão municipal. Citou ainda a situação do antigo prédio da Secretaria de Administração, cuja estrutura estaria se deteriorando e pontuou que a população convive com falta de abastecimento nas unidades de saúde, atrasos em pagamentos e outras dificuldades. Finalizando, afirmou que a população solicita a instalação da CPI da saúde.
O vereador Frank Alves, no Dia Mundial de Combate ao Câncer, relatou demandas de pacientes oncológicos que aguardam por tratamentos e consultas, incluindo um caso de câncer de esôfago cuja avaliação só foi marcada para janeiro. Ele defendeu que o atendimento seja rápido para esses pacientes, diante da gravidade da enfermidade. Sobre fiscalização em órgãos públicos, defendeu que deve ocorrer sem aviso prévio, citando que vistorias em hospitais são feitas de surpresa e que o mesmo critério deve valer para outras áreas públicas.
A vereadora Aninha Cardoso relembrou que, na visita ao ISEA, vereadores da situação e da oposição estiveram juntos e só puderam acessar ambientes autorizados pela direção da maternidade. Relatou ainda que tenta, há dois dias, contato com a gestão municipal para tratar sobre uma escola cujo telhado caiu, mas sem retorno. A vereadora cobrou ainda manutenção urgente em espaços públicos, como o CERAST e alertou para diversos casos que precisam de resposta da gestão.
Severino da Prestação, agradeceu à STTP pela sinalização no contorno da Juscelino Kubitschek e relatou preocupação com possíveis falhas no Hemocentro, após receber relatos de doadores sendo orientados a adiar a coleta por falta de material, sugerindo que a Câmara verifique a situação. Sobre a CAGEPA, defendeu que os vereadores têm total prerrogativa para fiscalizar o reservatório, por se tratar de concessão municipal, argumentando que fiscalizações não devem ser previamente agendadas para garantir transparência. Reconheceu que a tentativa de visita já surtiu efeito, pois deve acelerar correções estruturais no reservatório, mesmo que a inspeção oficial seja marcada apenas para a próxima semana.
Plinio Gomes, sobre a visita realizada à CAGEPA, registrou repúdio ao impedimento de entrada da comitiva de vereadores, afirmando que o subgerente da unidade não permitiu o acesso e não ofereceu acolhimento institucional. O vereador ressaltou que o abastecimento de água é competência municipal delegada à CAGEPA por concessão, o que reforça a prerrogativa dos parlamentares de fiscalizar o serviço, especialmente após o episódio do rompimento da cisterna. O vereador finalizou pedindo respeito ao trabalho parlamentar e esperança de que, na próxima visita, os vereadores sejam recebidos adequadamente para cumprir seu papel de fiscalização.
No grande expediente, o vereador Alexandre Pereira retomou o tema que envolve a visita dos parlamentares ao reservatório da CAGEPA no Santa Rosa, afirmando que os vereadores da Casa foram impedidos de cumprir seu papel constitucional de fiscalização. Ele citou cláusula contratual da concessão firmada entre a Prefeitura de Campina Grande e a CAGEPA, destacando que o serviço de abastecimento de água é de competência municipal e foi repassado à companhia estadual, o que, segundo ele, garante a legitimidade da Câmara para fiscalizar as instalações e a prestação do serviço.
O vereador Alexandre exibiu ainda imagens do reservatório R9, no Santa Rosa, apontando ferragens expostas, rachaduras e trechos do telhado quebrado, além de relatos de moradores que enfrentam medos diante de um possível rompimento. Por fim, reforçou que os vereadores continuarão buscando acesso às unidades da CAGEPA, defendendo que a fiscalização é dever legal da Câmara de direito da população.
Concluindo o grande expediente, o vereador Rafafá ressaltou que a visita dos vereadores à CAGEPA está amparada pela prerrogativa legal de fiscalização e lamentou o impedimento de entrada na unidade, bem como críticas de setores da imprensa que, segundo ele, desinformam a população ao afirmar que os parlamentares não possuem competência para o ato. Nesse sentido, disse que tornará pública as suas fiscalizações para evitar distorções sobre o trabalho da Câmara, ressaltando que a fiscalização, tanto da situação quanto da oposição, beneficia a população.
Para acompanhar a sessão completa, acesse o Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG
Fotos: Josenildo Costa/CMCG
A Câmara Municipal de Campina Grande realizou, na manhã desta quarta-feira (26), logo após a sessão ordinária, uma cerimônia de reconhecimento aos advogados Leidson Queiroz Farias, Thélio Queiroz Farias e Ricardo Alves Souto, que receberam do Poder Legislativo de Campina Grande a Medalha de Honra ao Mérito Municipal. A propositura foi apresentada pelo vereador Olimpio Oliveira.
Participaram da solenidade o deputado estadual e ex-prefeito de Campina Grande, Félix Araújo; Elizabeth Marinheiro, representante da Academia Paraibana de Letras; José Mário da Silva Branco, da Academia de Letras de Campina Grande; Eneida Agra Maracajá, professora e ativista cultural; além de advogados, familiares e amigos dos homenageados.
Thélio Queiroz Farias, além da atuação destacada na advocacia, tem papel de relevância na condução da Academia de Letras de Campina Grande, contribuindo para a formação de novos leitores, especialmente entre estudantes da rede pública, incentivando o hábito da leitura.
Já Leidson Meira e Farias nasceu em Serra Branca, graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Paraíba em 1963 e, no ano seguinte, já estava inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba. Em meio à crise de 1948, por decisão de seus pais, Nezinho e Maura, vieram para Campina Grande com o irmão, estudando no Colégio Pio XI e permanecendo definitivamente na cidade a partir de 1949.
Ricardo Alves Souto é advogado, amante da literatura, poeta, ensaísta e romancista, com mais de sessenta obras escritas. Professor renomado de cursos preparatórios para concursos, ele é reconhecido por colaborar com a formação de jovens que almejam ingressar no serviço público.
Em sua justificativa, o vereador Olimpio Oliveira destacou a importância dos três homenageados para o município, ressaltando sua grande admiração pelo Dr. Leidson Farias. “Queria destacar, para que fique nos anais desta casa, o meu apreço, o respeito que tenho pelo Dr. Leidson Farias, pela sua trajetória e pela sua história (…). O Dr. Leidson é uma unanimidade! Posso dizer isso sem receio de estar exagerando”, afirmou, lembrando do passado, destacando que o escritório da família, localizado no Edifício Lucas, foi um espaço dedicado à cultura e à literatura: “Aquilo é um ponto de cultura. Um templo de edificação do conhecimento, do saber, do gosto da leitura, da literatura”.
O vereador também ressalta a relevância de Thélio Farias: “É o homem que ressuscitou a Academia de Letras de Campina Grande e que dá alma a esta academia”. Em relação a Ricardo Souto, disse: “Nós estamos aqui para homenagear três intelectuais. Essa casa, das leis, hoje faz justiça. (…) No momento que chama o advogado Ricardo Souto, um jovem e talentoso advogado. Uma usina de escrever livros, dezenas de livros. Um dos grandes doutrinadores do direito, de Campina Grande”.
Olimpio concluiu seu discurso destacando a honra do momento: “Eu me sinto profundamente honrado, de ter recebido essa oportunidade de Deus de estar aqui neste templo, porque, na verdade, é uma homenagem que se presta, mas quem presta, está sendo homenageado. Eu agradeço a deferência dos três, de ter permitido ao vereador Olimpio Oliveira de ter apresentado as propostas”. E finalizou: “Fico feliz, por demais, de poder neste dia 26 de novembro de 2025, poder fazer parte da história de Campina Grande, no momento que a cidade chama três grandes personalidades para homenagear”.
O homenageado Dr. Thélio Farias também fez uso da tribuna, falando em seu nome e em nome de seu pai, Dr. Leidson. “Essa comenda que recebo, juntamente com meu pai. Para ele e para mim é motivo de múltiplas emoções. A primeira delas, por ser uma homenagem de Campina. Meu pai e eu sempre tivemos uma verdadeira paixão por Campina Grande. Talvez porque, como dizia Alcides Carneiro: ” Campina está na serra para ficar mais perto de Deus”. Ele acrescentou: “Na nossa família, existe uma regra… Por Campina, tudo! Para Campina, tudo! Contra Campina, nada! Meu pai e meu avô sempre pregaram que Campina Grande deve estar em primeiro lugar. Acima da nossa vontade pessoal, da nossa ideologia, ou simpatia político-partidária. Campina é e será sempre o nosso grande amor”, finalizou, agradecendo a todos.
O advogado Dr. Ricardo Alves Souto também discursou, agradecendo a presença dos participantes. “É uma imensa honra estar aqui na cidade de Campina Grande, na Rainha da Borborema, terra que eu amo e que todos nós aqui amamos, seja por adoção ou por nascimento. A honra é imensa, mas primeiramente, queria agradecer a Deus sobre todas as coisas, porque toda honra e toda a glória é do Pai, é dele”.
Ele ressaltou a importância da família Farias e de Félix Araújo em sua trajetória: “Minha vida foi aproximada à família de Félix em diversos momentos e, em todos eles, eu fui absurdamente, emblematicamente, extremamente recebido com todo carinho e com todo afeto”. Ao destacar a figura do patrono da Casa Legislativa, afirmou: “Essa terra de bravos, não será terra de escravos nem reinado de opressão! Esse é um menino homem. Talvez o único menino homem registrado na história da Paraíba que resolveu que iria mudar a história da Rainha da Borborema”.
Ricardo Souto concluiu lembrando que “Félix Araújo deixou seu nome registrado aqui, sua marca na história, para mostrar que uma pessoa é capaz de mudar o destino de uma cidade e de um estado como um todo”.
Para acompanhar a sessão completa, acesse o Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG
A Câmara Municipal de Campina Grande realizou, nesta quarta-feira, a 109ª Sessão Ordinária, conduzida pelo vereador Dinho Papa-Léguas e secretariada pelo vereador Saulo Noronha. Durante os trabalhos, os parlamentares trataram de temas ligados à educação, cultura, infraestrutura e abastecimento de água no município. O destaque da sessão foi a apresentação da III Feira do Empreendedorismo Estudantil, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação, além de debates sobre ações voltadas às escolas, homenagens culturais e discussões relacionadas à gestão do saneamento em Campina Grande.
A vereadora Carol Gomes, abrindo o pequeno expediente, destacou o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação com a realização da III Feira do Empreendedorismo Estudantil. Segundo ela, o projeto “Dei Valor” permite que os alunos da rede municipal vivenciem na prática conceitos de educação financeira e protagonismo estudantil, aplicando, na feira, todo o conteúdo aprendido em sala de aula. Ao final do ano letivo, os estudantes expõem e comercializam produtos confeccionados por eles, utilizando a moeda pedagógica própria, denominada “Borborema”. Carol também mencionou a campanha Novembro Roxo, ressaltando a importância da conscientização sobre a prematuridade e parabenizando o trabalho realizado pela Maternidade ISEA, referência em alto risco e com unidades especializadas de pré-natal para Campina Grande e municípios vizinhos. A vereadora registrou ainda o excelente serviço prestado pelo Banco de Leite instalado na unidade.
O vereador Rafafá destacou o lançamento do programa “Dinheiro na Escola”, anunciado na véspera, que garante o repasse de R$ 1 do município para cada R$ 1 recebido do Governo Federal, ampliando os investimentos na rede municipal de ensino. Ele registrou o agradecimento da gestora da Escola Cassiano Pereira, no bairro da Liberdade, pela aprovação de requerimento de sua autoria que garantiu a troca e instalação de novos aparelhos de ar-condicionado na unidade. Rafafá acrescentou que a Secretaria de Educação está instalando 60 novos equipamentos de climatização em escolas e creches do Aluízio Campos. Por fim, manifestou preocupação com a situação da UEPB, que permanece em greve.
O vereador destacou a sessão solene realizada no dia anterior, conduzida pelo vereador Dinho Papa-Léguas, na qual foi entregue a Medalha de Honra ao Mérito Municipal à Quadrilha Junina Moleca Sem Vergonha, em reconhecimento à sua representatividade cultural para Campina Grande. Ele lembrou que já havia homenageado a quadrilha anteriormente com o título de utilidade pública, garantindo benefícios institucionais à entidade. Ressaltou ainda dois projetos de sua autoria: a lei que instituiu o maior festival de quadrilhas juninas do mundo, realizado pela própria Moleca Sem Vergonha, e o projeto sancionado pelo prefeito que confere à quadrilha o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Município. Por fim, ao tratar da causa animal, informou ter protocolado um projeto de lei que autoriza a criação do primeiro crematório público de animais em Campina Grande.
No grande expediente e já encerrando a sessão, o vereador Alexandre do Sindicato disse que o Governo do Estado deu o primeiro passo na direção da privatização de parte do saneamento operado pela CAGEPA. Segundo o vereador, um governo que se declara socialista e defensor de uma máquina pública robusta começa agora a pensar na linha da privatização, o que ele classificou como motivo de satisfação. O vereador afirmou que a mudança torna mais fácil a revogação do contrato com Campina Grande, reforçando que “a cidade não pode ser refém de uma empresa que entrega um serviço de má qualidade.
Saulo Noronha, em concordância com o vereador, defendeu também que a cidade poderia ser responsável pela própria gestão do abastecimento de água e do esgoto. Severino da Prestação disse que tem informações que esse processo de PPS com a CAGEPA já ocorre há um tempo, o que também irá render recursos para o governo do estado. Frank Alves acrescentou a questão da tarifa de água, que diante de entradas de gestões de governadores e deputados, ninguém olha para a situação. Taxa em quase 100 reais, independente de consumir ou não, mas deveria pagar o que se consome. Balduino se acostou às falas, informando que João Pessoa também enfrenta dificuldades no abastecimento de água e também falou sobre a taxa de água, além dos super salários de quem trabalha no órgão. Olimpio Oliveira falou sobre a importância de buscar a melhoria e transparência dos serviços públicos e não apenas a defesa da privatização, sobretudo porque se tem o exemplo da ENERGISA, que apresenta uma série de dificuldades na entrega do seu serviço.
O debate sobre a atuação da CAGEPA e a possibilidade de privatização do saneamento ganhou destaque e o vereador Saulo Noronha concordou com as falas, reforçando que o município poderia assumir a gestão da água e do esgoto, garantindo mais autonomia e qualidade no serviço. O vereador Severino da Prestação acrescentou que o processo de parceria público-privada já estaria em curso há algum tempo e que deve gerar receita para o Governo do Estado. Frank Alves criticou a tarifa mínima de água, que, segundo ele, se aproxima de R$ 100 mesmo quando o usuário não consome o serviço, defendendo uma cobrança proporcional ao uso. Balduíno também se juntou às críticas, apontando dificuldades também em João Pessoa, mencionando valores tarifários e salários considerados elevados dentro da companhia. Já o vereador Olímpio Oliveira ponderou que o foco não deve ser apenas a defesa da privatização, mas a busca por transparência e melhoria real dos serviços públicos, lembrando que modelos privatizados, como o da Energisa, também enfrentam frequentes reclamações dos usuários.
Pela liderança, Anderson Pila contestou a defesa da municipalização do saneamento, afirmando que a gestão municipal enfrenta dificuldades para administrar seus próprios serviços e, por isso, não teria condições de assumir a administração de órgãos como a CAGEPA. Ele também comentou os últimos acontecimentos envolvendo a companhia, destacando que, após o rompimento da cisterna, o Governo do Estado assumiu integralmente as indenizações e demais ações de suporte às famílias afetadas.
Para acompanhar a sessão completa, acesse o Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG
Fotos: Josenildo Costa/CMCG
A Câmara Municipal de Campina Grande realizou na noite desta terça-feira (25), uma sessão solene para conceder à Quadrilha Moleka 100 Vergonha a Medalha de Honra ao Mérito Municipal, em homenagem aos 25 anos de fundação do grupo. A propositura foi apresentada pelo vereador Dinho Papa-léguas. Estiveram presentes: parlamentares, o presidente da quadrilha, Mahatma Gandhi Araújo Vieira, o deputado estadual Tovar Correia Lima, integrantes do grupo, familiares e amigos.
Fundado em 8 de fevereiro de 2000, no bairro das Malvinas, o Grupo de Cultura Popular Quadrilha Junina Moleka 100 Vergonha tornou-se referência na apresentação de quadrilha junina estilizada. Ao longo de sua trajetória, conquistou reconhecimento estadual e municipal como entidade de utilidade pública, por meio da lei estadual nº 12.546/2022 e da lei municipal nº 8608/2023. Atualmente, é presidido por Mahatma Gandhi Araújo Vieira e tem como vice-presidente Duane Gonçalves Guimarães da Silva.
Além das apresentações juninas, a Moleka 100 Vergonha é responsável pela realização do “Maior Festival de Quadrilhas Juninas do Mundo” e do projeto natalino “Uma estrela armorial”. Ao longo de 25 anos, o grupo consolidou-se como um dos principais difusores da cultura paraibana, sendo a quadrilha mais premiada do estado e uma das únicas do país a conquistar títulos Nordestino e Nacional.
A quadrilha também se destaca pela promoção do turismo cultural, levando a cultura nordestina para eventos como o Rural Maringá 2024, o Simpósio Junino em Brasília (2015 e 2016), a Feira de Turismo de Maceió 2023 e a Feira Internacional de Turismo de São Paulo 2022. Participações em programas de grande audiência, como: Fantástico, Criança Esperança, É de Casa, Esporte Espetacular e Esquenta, ampliaram ainda mais sua visibilidade, incluindo projeção internacional na Travel TV.
Durante a solenidade, o vereador Dinho Papa-léguas destacou a importância histórica e cultural da quadrilha. “Hoje, homenageamos não apenas uma quadrilha junina, homenageamos um símbolo, uma força popular, uma força que transcende gerações, a Quadrilha Moleka 100 Vergonha”, afirmou. Ele também ressalta o legado do grupo ao dizer que “A Moleka não nasceu grande, ela se fez grande, pois soube transformar paixão em disciplina, sonho em trabalho, cultura em vitória”.
O parlamentar ressaltou ainda o impacto emocional e social da quadrilha: “A Moleka 100 Vergonha dançou para além dos arraiais, ela dançou no coração do povo”, disse. Ao finalizar, destacou a grandiosidade do reconhecimento: “A medalha de Honra ao mérito que entregamos hoje, não é apenas uma homenagem, é um reconhecimento daquilo que já está escrito na história”.
O presidente do grupo, Mahatma Gandhi, agradeceu emocionado o reconhecimento da Casa Legislativa e falou sobre a “Fábrica Junina”, espaço criado pela quadrilha para qualificação de seus membros, com oficinas de costura, estúdio de música, área para ensaios e outras estruturas de formação artística. Sobre o trabalho contínuo, destacou: “A Moleka pegou aquela capacidade que nós temos de dançarinos e grandes artistas e passamos o ano todo fazendo arte, cultura e profissionalizando essas pessoas”.
Ele também enfatizou o orgulho em ver pessoas de diversas cidades participando do grupo e lembrou as dificuldades enfrentadas até alcançar o reconhecimento atual. “Se não fosse essa turma aqui! Eles são guerreiros! A Moleka hoje é Paraíba e nós recebemos gente de todas as cidades”, afirmou destacando a dimensão social do projeto.
Em suas considerações finais, Mahatma Gandhi falou sobre o impacto social da quadrilha na vida de jovens e adultos, especialmente na formação artística e no afastamento das drogas. Ele ressaltou: “A gente entra na eternidade de várias formas (…). Se conseguir tirar a pessoa das drogas, profissionalizar, ali você ficou eterno na vida daquela pessoa e de seus familiares”. E concluiu: “Se a Moleka fizer 25 anos e conseguir salvar a vida de uma pessoa, já valeu os 25 anos! No entanto, sei que a gente já conseguiu muito mais que isso”.
Para acompanhar a sessão completa, acesse o Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG
Fotos: Josenildo Costa/CMCG
A Câmara Municipal de Campina Grande realizou a 108ª Sessão Ordinária, presidida pelo vereador Dinho Papa-Léguas e secretariada pelo vereador Rafafá. A plenária foi marcada por debates sobre a situação do abastecimento de água em diversas comunidades, reivindicações de servidores referentes ao calendário de pagamento, além da discussão sobre a abertura e o andamento de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
No pequeno expediente, o vereador Plínio criticou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como arbitrária e sem fundamento para acusação de golpe, argumentando que o ex-presidente “não cometeu corrupção” e se encontrava nos Estados Unidos no dia 8 de janeiro, o que inviabilizaria qualquer participação. Afirmou que não se tratava de posicionamento ideológico, mas de uma defesa do exercício democrático de agentes públicos, alertando que situações semelhantes podem atingir outros parlamentares. Também destacou a entrega de 60 salas climatizadas no Aluízio Campos pela gestão municipal, citando estudo da Universidade Federal de Juiz de Fora sobre o impacto do conforto térmico na aprendizagem, e parabenizou o prefeito Bruno Cunha Lima e o secretário Asfora Neto pelo investimento na educação.
Com relação a gestão municipal, Olímpio Oliveira contestou declarações recentes do prefeito Bruno Cunha Lima à imprensa, afirmando que o gestor generaliza críticas contra toda a oposição e desconsidera que a bancada tem aprovado reiteradamente suplementações orçamentárias fundamentais para o funcionamento da administração. Destacou a presença de servidores no plenário cobrando o cumprimento do calendário de pagamento, especialmente profissionais da saúde. Olimpio também voltou a denunciar atrasos no repasse das subvenções a instituições de caridade, que enfrentam risco de interrupção de atividades.
O vereador Dinho Papa-Léguas destacou inicialmente a campanha Novembro Azul, reforçando a importância dos exames preventivos contra o câncer de próstata para homens acima de 40 anos. Relatou ter sido abordado pela equipe da FAP no Clube Campestre, que realiza gratuitamente o exame em parceria com a instituição, e incentivou tanto associados quanto não associados a buscarem atendimento nas unidades de saúde. Em seguida, voltou a criticar a CAGEPA pelas condições das obras realizadas nas ruas Félix Carolino e Reverendo Augusto, no Alto Branco, afirmando que os serviços têm deixado transtornos para moradores e comerciantes.
A vereadora Waléria Assunção direcionou sua fala aos servidores presentes, afirmando que eles estão deixando seus postos de trabalho para reivindicar um direito básico que é o pagamento em dia. Waléria também criticou declarações do prefeito Bruno Cunha Lima, afirmando que ele generaliza ataques à oposição enquanto não esclarece denúncias envolvendo suposto desvio de finalidade do Fundo Municipal de Saúde e outros temas relacionados a empresas abertas recentemente para serviços de lavanderia hospitalar. Ela questionou a prioridade da gestão ao destinar recursos à decoração do Natal Iluminado e finalizou afirmando que a oposição cumpre seu papel institucional.
Concluindo o pequeno expediente, o vereador Rostand Paraíba utilizou a tribuna para cobrar abastecimento de água no assentamento Quebra Quilos, em São José da Mata, afirmando que as famílias dependem exclusivamente de carro-pipa da Prefeitura. Rostand também relatou reclamações de caçambeiros que estariam sendo multados pela SESUMA por não terem local disponível para descarte de material, sugerindo áreas possíveis e pedindo que a Câmara reúna esses trabalhadores para relatar a situação. Além disso, denunciou supostos excessos de fiscalização no órgão e criticou o tratamento dado à população no Centro de Zoonoses, relatando cobranças elevadas para retirada de animais apreendidos e condições inadequadas no local.
Já no grande expediente, o vereador Balduíno voltou a cobrar esclarecimentos da Cagepa sobre a recorrente falta de água em diversos bairros de Campina Grande. Ele também citou que há, na Paraíba, pelo menos 42 reservatórios em situação de emergência e defendeu que a Câmara convoque a diretoria da empresa para um posicionamento público. Durante a discussão, reconheceu a importância de também ouvir as reivindicações dos servidores presentes na Casa, que pedem calendário de pagamentos e salários em dia. Encerrando, o vereador reafirmou seu compromisso de defender os interesses da cidade.
O vereador Alexandre Pereira iniciou sua fala retomando o debate sobre a Cagepa, exibindo a conta de água de uma moradora do sítio Capim Grande que, segundo ele, está há dois meses sem abastecimento doméstico, mas continua pagando pelo serviço. Em seguida, criticou o que chamou de tentativa de alguns setores de “pregarem o caos” apenas sobre a gestão municipal, enquanto o Governo do Estado acumula problemas, citando rejeição de contas da educação, da PB Saúde e, sobretudo, o caso das cirurgias do programa Opera Paraíba no Hospital de Clínicas, que resultaram em perda de visão para dezenas de pessoas e voltaram a ganhar repercussão nacional em rede de TV.
Diante disso, anunciou que a bancada de situação está protocolando um pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito, a chamada “CPI do Hospital de Clínicas” para apurar as responsabilidades pelo episódio, ouvir a entidade contratada, a direção do hospital e esclarecer que tipo de assistência vem sendo oferecida às vítimas. Alexandre enfatizou que a CPI é uma iniciativa coletiva da bancada governista e que o processo seguirá o regimento, que limita a duas CPIs em funcionamento simultâneo.
Pela liderança, o vereador Anderson Pila afirmou que está disposto a assinar a CPI apresentada pela bancada de situação, mas cobrou reciprocidade, defendendo que os demais vereadores também assinem as duas CPIs já protocoladas pela oposição para que a Câmara dê respostas completas à população.
Para acompanhar a sessão completa, acesse o Canal Oficial do youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG
Fotos: Josenildo Costa/CMCG