Durante a 86ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Campina Grande, presidida pelo vereador Saulo Germano e secretariada pelo vereador Saulo Noronha, foi empossado o suplente de vereador Plinio Gomes. A posse ocorreu em razão do afastamento da vereadora Fabiana Gomes, que assumiu a Secretaria de Tecnologia e Inovação do Município.

Em sua fala de despedida, Fabiana Gomes relembrou sua trajetória no Legislativo e destacou seu compromisso com pautas ligadas à saúde pública, saúde da mulher, acessibilidade, pessoas com deficiência e educação. Ao assumir a nova função na gestão municipal, reafirmou o propósito de trabalhar com dedicação, ressaltando que seu objetivo é aproximar a população das ações da secretaria.

Após prestar juramento e assinar o termo de posse, Plinio Gomes agradeceu os votos que o conduziram à suplência e reafirmou seu compromisso com cada cidadão que confiou em seu mandato. Expressou gratidão ao prefeito Bruno Cunha Lima, à vereadora Fabiana Gomes, à sua equipe e ao irmão, deputado estadual Sargento Neto. Ressaltou ainda seus princípios conservadores, mas frisou que, apesar das diferenças ideológicas, pretende estender a mão aos colegas parlamentares que buscam o bem de Campina Grande.

Os vereadores aproveitaram a ocasião para se despedir de Fabiana Gomes, reconhecendo sua parceria no Legislativo e seu comprometimento com a cidade, desejando sucesso na nova missão. Também deram as boas-vindas a Plinio Gomes, manifestando votos de um mandato produtivo e de importantes contribuições em favor da população.
PEQUENO E GRANDE EXPEDIENTE
O vereador Rafafá abriu o pequeno expediente destacando a lei sancionada que torna essenciais os serviços prestados por esteticistas, manicures, barbeiros e maquiadores. Ele lembrou o período da pandemia, quando muitos desses profissionais, em sua maioria autônomos, precisaram fechar seus estabelecimentos e ficaram sem renda, ressaltando a importância da medida para garantir a sobrevivência de trabalhadores e o atendimento aos clientes.
Anderson Pila trouxe à tribuna denúncia envolvendo a saúde de Campina Grande. Ele citou entrevista veiculada pela TV Ita, na qual o chanceler da Unifacisa e presidente do Hospital Help denunciou desvio de recursos públicos na área da saúde. Segundo o vereador, a fala reflete as reclamações cotidianas da população de que não há atendimento suficiente, de que os hospitais estão prestes a paralisar seus serviços e os fornecedores não recebem pelos insumos vendidos, além do atraso no pagamento de salários. Diante desse cenário, defendeu a abertura urgente de uma CPI.

A vereadora Jô Oliveira acrescentou que acompanha as problemáticas da saúde desde o início da atual gestão. Ela alertou que os hospitais têm informado sobre a possibilidade de paralisar os serviços, mesmo com recursos e repasses sendo feitos ao município e com o Governo do Estado socorrendo as estruturas hospitalares. A vereadora também defendeu a instalação da CPI, mas chamou atenção das duas bancadas, para que essa solicitação possa avançar.

A vereadora Waléria Assunção também abordou questões ligadas à saúde, com foco na causa animal. Ela destacou que, apesar da suplementação de R$ 30 milhões destinada à saúde no orçamento, é necessário cobrar a efetiva chegada desses recursos. Citou as dificuldades enfrentadas pelo Centro de Zoonoses, como a falta de medicamentos, e convidou para a sessão do próximo dia 2 de outubro, que tratará especificamente da causa animal e das problemáticas relacionadas.
O vereador Saulo Noronha ressaltou que os problemas da saúde devem ser enfrentados diariamente, lembrando que a crise é nacional, mas que Campina Grande ainda consegue se manter à frente em alguns aspectos. Defendeu o debate constante, apontando defeitos e buscando soluções. Citou como exemplo a suplementação aprovada recentemente, que trará novas ações na área, lembrando que o ISEA atende 182 municípios da Paraíba. Criticou ainda a promessa do governador de instalar maternidades em cada cidade, o que, segundo ele, não foi cumprido e destacou a importância da parceria contínua do Estado em todas as ações de saúde.

Alexandre do Sindicato chamou atenção para a necessidade de reforço na segurança da Câmara, mencionando o episódio de agressão sofrido pelo vereador Pimentel Filho. O vereador Pimentel Filho também comentou o caso, afirmando que a Câmara é a Casa do Povo, mas precisa de regras para garantir a segurança, não sendo justificável a entrada de cidadãos em áreas restritas a parlamentares e servidores. Em relação à saúde, relatou dificuldades na marcação de exames em Galante, pois a população não consegue acesso online, mas disse que recebeu denúncias de que há um cidadão que realiza essas marcações para terceiros. Reforçou o apoio à criação da CPI e à convocação de representantes da Secretaria de Saúde e do senhor Dalton Gadelha para prestar esclarecimentos.

Encerrando as falas, Wellington Cobra deu continuidade ao debate sobre a saúde, comparando o modelo atual com o período anterior à criação do Sistema Único de Saúde. Segundo ele, a atual gestão estaria desmontando o SUS, deixando a população novamente dependente de hospitais filantrópicos e favores políticos. Criticou ainda a falta de diálogo com o prefeito e o secretário de saúde e mencionou a suplementação orçamentária aprovada, manifestando a expectativa de que os recursos possam amenizar a crise na saúde municipal. Wellington Cobra também defendeu instalação da CPI.
MINUTO DE SILÊNCIO
A sessão também foi marcada pela realização de um minuto de silêncio em memória de Anderson Luan e Maria Clara Azevedo, a pedido do vereador Rafafá; de Ivanildo Silva, membro do Orçamento Participativo, solicitado pela vereadora Jô Oliveira e pelo vereador Anderson Pila; e de Sandro Belo, a pedido do vereador Severino da Prestação.
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DIVICOM/CMCG






